Silentii de sorbere, frementem de calicem.



Pai ! Afasta de mim esse cálice, pai!

Aos goles dessa negra bebida
me vejo noutro lado 
sem mentira e  muita culpa.
uma saída de duas portas
com uma personalidade dupla.

No meu mundinho pequeno 
embriagada no meu próprio veneno
Num copo o gole, arroto prematuro
num trago a tosse, eco no escuro.

De que me vale ser filho
melhor seria ser meu próprio pai  
e nessa melodia me fecho e sigo, um vai
que me levaria se eu já tivesse ido

Pai! Traz a mim o cale-se do meu grito, Pai!