Vicis parumper me


Tudo ao seu tempo

Esta na hora de matar os amores.
Vender se aos senhores, desta nação.
Presenciar o entardecer macabro.
Sentir o cheiro da morte de deus.
Queimar o já lido e revisado.
Secar do chão o leite derramado.
Fazer fogueira da cruz.
Cambalear nas palavras, Jurar redenção.
Molhar o sorriso, fazer confusão .
Ta na hora de acordar bem mais cedo.
Orar pelo desapego.
Começar a c.








Daemonium ex ineptiis.




Inicio aqui a temporada de caça ao diabo.
Que oprime teus conceitos, os esmagando ate sumirem.
Que cultiva tua inteligencia em uma redoma intransponível.
Matemos o mal que há nas frases erradas!
Expulsemos toda tolice de uma vida rotineira!
Clamemos por pensadores de direita ou esquerda, porem pensantes.
Suplicamos!
Queimem os pastos, matem os bovinos de fome.
Encaixotem os dogmas e máximas, que não nos permite ver além.
Vomitem as religiões das tuas línguas.
Crucifiquem debates piegas com frases semi-prontas.
Matem o diabo. Que tem nome, endereço e cara.
Chacinem a massa do "sim senhor".
Violem a liberdade de pensar e reproduzir asneiras.
Esfaqueiem os paradigmas e seus reacionários.
Louvem a perspicácia dos que se foram e nos deixaram inquietos. Questionando.
Aprimorem os ditos e feitos.
Celebremos aos santos.
Mas sejamos os deuses.




Ego sum


De mim.

Negra e escura.
Trajada de penumbra.
Arranhando paredes ao entardecer.
Pintando o noturno de forma enganosa.
Se veste de obscuro, ondulando vagarosa.
Macia, vicia num cio de ver.
Sem olho, nem boca. Numa mudes de enlouquecer.
Largada, jogada aonde os olhos não vêem nada.
Como uma cobra morta silhuetando a sua onda.
Fria e sem forma feito uma sombra