Duo viginti


Rodopio

Girei numa caixinha de metal barulhenta.
Corri um mundo, segui a lua.
Lá tinha quase tudo que eu queria.
Um céu, um rio, saudade e agonia.
Mil luzes acesas para nada clarear.
Dentro da caixinha morava uma borboleta.
Sem perna, sem braço, antena ou cabeça.
Varias caixinhas seguiam a minha; 
soltando luz.
E eu voltando pra longe, 
indo aonde à caixinha me conduz. 









Nenhum comentário:

Postar um comentário